A maior marcha do Brasil em defesa dos animais ocorre neste domingo (7), em São Paulo, durante o Dia Internacional dos Direitos Animais (DIDA 2025). Organizado pela ONG Animal Equality, o ato reúne ativistas e representantes da sociedade civil com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional por avanços na legislação de proteção animal, especialmente para animais explorados para consumo humano.

A mobilização acontece em um momento de forte debate nacional, após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do PL 347/2003, que aumentou penas por crimes contra a fauna silvestre. Embora o projeto represente avanços, a Animal Equality alerta que modificações no texto podem fragilizar proteções constitucionais relativas aos animais da agropecuária.

Segundo a organização, a marcha amplia a pressão social contra retrocessos:

“O ato reforça que a sociedade não aceita práticas cruéis e cobra responsabilidade do Congresso”, afirmou a ONG.

O evento também busca impulsionar quatro projetos de lei voltados ao fim de práticas consideradas cruéis pela entidade:

  • PL 90/2020 – Proíbe a produção e comercialização de foie gras.

  • PL 5092/2023 – Proíbe o confinamento extremo.

  • PL 783/2024 – Proíbe o descarte de pintinhos machos.

  • PL 2387/2022 – Proíbe o abate de cavalos.

A ONG explica que o foco nos animais explorados para alimentação sintetiza a urgência de alinhar a legislação brasileira ao entendimento de que todos os animais são sencientes e merecem proteção contra crueldade.

Além de conscientizar a população sobre as condições enfrentadas por esses animais, o objetivo do ato é pressionar autoridades para aprovação de leis mais rigorosas.

“O recado é claro: retrocessos terão custo político. A proteção animal é um valor cada vez mais cobrado pela sociedade”, destacou a organização.