O primeiro ano do projeto Jardins Comestíveis marcou uma verdadeira revolução ambiental, educativa e social em Itaquaquecetuba. A iniciativa — realizada pela Prefeitura, em parceria com a ONG Dia da Terra Brasil e a EDP — apresentou nesta semana os resultados de um ciclo que uniu agrofloresta, arte, ecogastronomia, formação profissional e mobilização comunitária no Parque Ecológico Mário do Canto.
Durante os últimos 12 meses, o programa consolidou-se como uma das maiores ações de regeneração territorial da cidade. Foram 10 agroflorestores formados, três guardiãs do território, 11 capacitações em agrofloresta, 29 em ecogastronomia, além de mais de 600 pessoas envolvidas em oficinas, encontros culturais e mutirões. A produção mensal de alimentos atingiu 100 kg, todos cultivados na obra de Landart “Árvore Floresta”, instalada dentro e ao redor da EMEB Vereador Augusto dos Santos.
O prefeito Eduardo Boigues destacou que o projeto representa uma política pública de impacto direto na qualidade de vida da população. Segundo ele, o programa alia preservação ambiental, inovação e geração de renda, mostrando que sustentabilidade pode transformar realidades e fortalecer o município.
Para o diretor executivo da ONG Dia da Terra, Mozart Mesquita, a força do projeto está na união entre poder público, iniciativa privada e instituições nacionais e internacionais. Ele reforçou que mais de 40 atividades educativas e culturais impulsionaram um ecossistema que integra arte, agricultura, alimentação saudável e participação popular — prova de que regenerar o território é possível quando todos caminham na mesma direção.
A obra “Árvore Floresta”, criada em parceria com o artista franco-tunisiano Jean Paul Ganem, ocupa 1.200 m² e reúne 100 espécies, grande parte comestível. Entre elas, 50 espécies organizadas em hortas que já formam uma floresta produtiva ao redor da escola, unindo estética, educação e sustentabilidade. O projeto também estimula empreendedorismo social e oportunidades econômicas para quem se forma nas capacitações.
Com patrocínio da EDP — e realização da Brazimage e do Governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Cultura e Economia Criativa — o programa contou ainda com apoio da Dois Rios Agrofloresta e de várias secretarias municipais. O diretor ESG da EDP na América do Sul, Dominic Schmal, reforçou o compromisso da empresa com ações que geram impacto positivo e inclusão.
A secretária de Meio Ambiente, Yasmim Zampieri, comemorou a mudança na relação da população com o Parque Ecológico. Segundo ela, o espaço se tornou mais educativo e acolhedor, aproximando famílias, incentivando o cuidado coletivo e fortalecendo o sentimento de pertencimento. Ela também destacou o papel das guardiãs do território, que atuam diariamente na manutenção e mobilização comunitária.
Encerrando o ano com resultados robustos e transformadores, o Jardins Comestíveis projeta uma nova fase de expansão, reafirmando Itaquaquecetuba como referência em sustentabilidade urbana, educação ambiental e produção regenerativa.





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