O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) iniciou oficialmente sua pré-campanha à Presidência da República neste domingo (7), durante participação em um culto em Brasília. Este foi seu primeiro ato público desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou o filho como o nome escolhido pela família para disputar o Planalto em 2026.

Em conversa com a imprensa, Flávio afirmou que não descarta desistir da pré-candidatura, mas declarou que qualquer recuo envolverá “um preço para isso”, que poderá ser discutido já nesta segunda-feira (8). O senador também disse esperar que a Câmara dos Deputados vote ainda nesta semana o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Flávio informou que, nesta segunda-feira, terá uma reunião com presidentes de partidos da direita e do centrão para avaliar o cenário eleitoral. Na terça (9), durante visita ao pai — preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, cumprindo pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe —, pretende apresentar um panorama consolidado das articulações.

O senador rejeitou a ideia de que a direita esteja fragmentada e afirmou que sua pré-candidatura reacendeu “uma chama que estava apagada” entre apoiadores. No entanto, o campo conservador segue heterogêneo: Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO) mantêm suas pré-candidaturas; Ratinho Junior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSDB-RS) defendem candidaturas próprias de seus partidos; e lideranças do centrão demonstraram desconforto com o anúncio. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teria recebido a notícia “de forma positiva”, segundo Flávio.

O senador comentou ainda a reação negativa do mercado financeiro após sua indicação. Disse concordar com a leitura dos investidores, mas atribuiu o mau humor não ao seu nome, e sim à possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Flávio afirmou também representar um “Bolsonaro diferente” e que buscará ampliar apoios nos próximos meses.