Um forte terremoto de magnitude 6,9 atingiu a costa do norte do Japão na tarde deste domingo (9), desencadeando um alerta imediato de tsunami e mobilizando autoridades nacionais e locais para monitoramento contínuo da região. O tremor foi registrado pela Agência Meteorológica do Japão às 17h03, no horário local, com epicentro localizado ao largo da província de Iwate, a cerca de 16 quilômetros abaixo do nível do mar — profundidade considerada rasa, o que tende a intensificar a sensação sísmica.

Logo após o primeiro abalo, uma sequência de tremores secundários foi registrada, o que reforçou o alerta preventivo para ondas de até um metro ao longo da costa. As autoridades informaram que, até o momento, não há relatos de feridos, desmoronamentos ou danos estruturais significativos. Também não foram detectadas anomalias nas duas usinas nucleares próximas, que entraram imediatamente em protocolo de vigilância reforçada.

O registro inicial apontou a chegada de um tsunami de aproximadamente 10 centímetros, alcançando 20 centímetros na cidade costeira de Kuji. Embora as ondas tenham sido pequenas, especialistas ressaltam que fenômenos desse tipo podem ocorrer repetidamente durante horas após um grande tremor, muitas vezes com força crescente.

A situação também afetou a infraestrutura local. A operadora JR East divulgou atrasos temporários na operação dos trens-bala, enquanto algumas áreas registraram quedas pontuais de energia. Apesar da preocupação, um porta-voz da Agência Meteorológica afirmou que não há indícios de que o evento tenha características semelhantes às do devastador terremoto de 2011, que causou a tragédia de Fukushima e deixou quase 20 mil vítimas.

O Japão permanece em estado de atenção, reforçando protocolos de evacuação e monitoramento costeiro. Localizado no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, o país é um dos mais suscetíveis a atividades sísmicas intensas — um fator que torna a preparação constante uma necessidade permanente. Autoridades orientam que a população siga informações oficiais enquanto os tremores secundários continuam sendo registrados.