O príncipe William, herdeiro do trono britânico, desembarca nesta segunda-feira (3) no Rio de Janeiro para uma visita oficial voltada à proteção ambiental, antes de seguir para Belém do Pará, onde participará da COP30, a conferência climática das Nações Unidas. Esta é a primeira visita oficial do futuro rei ao Brasil, e faz parte da iniciativa Earthshot Prize, criada por ele para reconhecer e premiar projetos que enfrentam os principais desafios ambientais globais.

O Earthshot Prize concede 1 milhão de libras (cerca de R$ 7 milhões) a cinco iniciativas sustentáveis que contribuam significativamente para a recuperação e preservação do planeta. O programa reflete a atuação de William na defesa do meio ambiente, uma das causas que ele assumiu com destaque dentro da família real britânica.

Durante sua passagem pelo Rio, o príncipe cumprirá uma agenda intensa de compromissos, incluindo encontros com lideranças ambientais, jovens empreendedores e comunidades locais engajadas na conservação de ecossistemas. Ele também visitará pontos emblemáticos da cidade, conforme informou o Palácio de Kensington, residência oficial do herdeiro britânico.

A cerimônia de entrega do Earthshot Awards contará com artistas internacionais como Anitta, Kylie Minogue, Shawn Mendes e Seu Jorge, que participarão do evento passando por um “tapete verde”, símbolo da sustentabilidade.

Além disso, William integrará a cúpula United for Wildlife, dedicada ao combate aos crimes ambientais, como desmatamento ilegal, garimpo e tráfico de animais silvestres. “Esses crimes estão levando ecossistemas, como a Amazônia, ao ponto de não retorno”, afirmou Tom Clements, diretor de conservação da Royal Foundation, organização liderada por William e pela princesa de Gales.

Após a agenda no Rio, o príncipe seguirá para Belém, onde representará o governo do Reino Unido e o rei Charles III durante a COP30. Ele fará um discurso oficial, além de participar de reuniões bilaterais com líderes internacionais. A visita do herdeiro ocorre dias após o Rio de Janeiro registrar a operação policial mais letal da história do país, que deixou 121 mortos, contexto que deve intensificar as discussões sobre segurança e direitos humanos durante os eventos internacionais.