A EPG Marlene Aparecida de Carvalho Martins, localizada no Jardim Santo Expedito, desenvolveu ao longo do Novembro Negro 2025 uma ampla programação voltada à valorização da diversidade racial e ao fortalecimento das práticas de educação antirracista. As atividades envolveram professores, estudantes e famílias, promovendo reflexões profundas sobre identidade, cultura e enfrentamento ao racismo estrutural.
A coordenadora pedagógica Mayara Menezes ressaltou que os encontros formativos realizados em hora-atividade tiveram papel essencial para o planejamento das ações. Segundo ela, os professores puderam aprofundar conceitos e discutir a importância de uma atuação pedagógica que reconheça as diferenças, valorize as histórias e considere a pluralidade racial presente na comunidade escolar.
A abertura do mês contou com formação sobre racismo estrutural, utilizando vídeos exibidos nas formações da Secretaria de Educação, como o Projeto Humanæ, da fotógrafa Angélica Dass, que apresenta uma catalogação de tons de pele, e um trecho do programa Esquenta abordando o trabalho “Tons de Cor de Pele”, da artista Adriana Varejão. Os materiais ajudaram a promover uma reflexão coletiva sobre representatividade e construção de identidade.
Em seguida, os professores participaram de uma atividade prática de autorretratos com lápis em tons de pele, resultando em um registro fotográfico coletivo das mãos e punhos dos educadores — uma representação simbólica da diversidade existente na escola. Outra experiência marcante foi a vivência musical com a canção africana “Funga Alafia”, repleta de ritmos e movimentos que permitiram a conexão com as raízes africanas presentes na identidade brasileira.
Nos momentos formativos, também foram discutidos vídeos sobre a percepção das crianças frente ao preconceito, seguidos da produção de bonecas africanas confeccionadas com jornal, tintas e tecidos, reforçando o vínculo com elementos culturais afro-brasileiros.
As formações repercutiram diretamente na rotina das salas de aula. Nas turmas de Estágio I, as professoras conduziram rodas de conversa sobre tons de pele e criaram um grande painel coletivo de mãos com reflexões das crianças, apresentado às famílias junto à frase: “Em cada tom de pele, um nascer do sol diferente; juntos, formamos um arco-íris da humanidade.”
Já no Estágio II, os estudantes participaram de brincadeiras de origem africana, conversas sobre diversidade e construíram uma árvore coletiva composta por flores criadas por cada criança. Cada educando pintou sua foto em preto e branco de acordo com seu tom de pele, compondo o painel com a frase: “A beleza humana floresce na diversidade dos tons de pele, como um jardim completo pela variedade de suas cores.”
As iniciativas reforçam o compromisso da escola e da Prefeitura de Guarulhos com uma educação pública inclusiva, que valoriza a cultura afro-brasileira e promove continuamente ações de respeito, igualdade e combate ao racismo.





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