A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) utilizou suas redes sociais neste sábado para pedir que a Câmara dos Deputados acelere e vote “imediatamente” o projeto de anistia defendido pela bancada bolsonarista. A manifestação ocorre após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para a parlamentar, a decisão confirmaria aquilo que ela considera uma ameaça recorrente: “Infelizmente Alexandre de Moraes fez o que ameaçou a fazer o tempo todo. Espero que a Câmara dos Deputados vote imediatamente a anistia”, afirmou.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ficará em uma sala de Estado, estrutura destinada a autoridades como chefes de Poder e ex-presidentes, garantindo condições especiais de custódia. O pedido de prisão preventiva foi motivado, segundo a Polícia Federal, pela necessidade de garantir a ordem pública, tendo em vista a gravidade dos fatos investigados. A detenção, porém, não representa início do cumprimento da pena definida na recente decisão do STF.
Em setembro, por 4 votos a 1, a Corte condenou Bolsonaro e sete aliados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A maioria dos réus recebeu penas superiores a 20 anos de reclusão, mas todos têm direito a recorrer e permanecer soltos enquanto os recursos são analisados.
A defesa do ex-presidente encaminhou, na sexta-feira (21), um pedido solicitando que ele cumpra sua pena de 27 anos e três meses em regime domiciliar, alegando fragilidade física e risco à vida caso seja enviado para um presídio comum. O documento também informa a intenção de apresentar embargos infringentes ao STF na tentativa de reverter a condenação.
O caso reacendeu o debate político sobre o projeto de anistia defendido por aliados de Bolsonaro e aumentou a pressão sobre os parlamentares da Câmara, que agora são alvo de cobranças públicas de figuras influentes da direita.




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