A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (21) a operação “Octanagem”, que investiga um esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro em diferentes regiões do estado. A ação é coordenada pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e contou com o apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto de Pesos e Medidas (Ipen).
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em postos de combustíveis localizados em Santos e Praia Grande, no litoral paulista, e em Araraquara, no interior. De acordo com as investigações, os estabelecimentos estariam ligados a uma facção criminosa responsável por adulterar combustíveis e utilizar os lucros ilícitos para lavar dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, a “Octanagem” é um desdobramento da operação “Carbono Oculto”, deflagrada em agosto, que apurou um esquema bilionário de corrupção e fraude no setor de combustíveis. Um dos postos investigados na nova fase pertence a familiares de um dos principais alvos da operação anterior.
Durante as fiscalizações, um dos estabelecimentos vistoriados apresentou combustível adulterado e bombas de abastecimento fraudadas, que registravam volumes superiores aos realmente entregues aos veículos — um golpe que prejudica diretamente o consumidor.
Os agentes apreenderam documentos, equipamentos e amostras de combustível, que serão periciados para determinar a extensão das irregularidades. Até o momento, não há confirmação de prisões, mas a polícia afirma que novas fases da investigação não estão descartadas. O DPPC reforçou que a ação faz parte de uma estratégia permanente para coibir crimes que afetam o consumidor e desestabilizam o mercado de combustíveis no estado.





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