A Polícia Civil de São Paulo localizou um laboratório clandestino em São José dos Campos especializado na adulteração de bebidas alcoólicas de alto valor. Segundo as investigações, o suspeito comprava garrafas de uísque de marcas renomadas, com preço entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, por cerca de 10% do valor original. Manualmente, ele substituía o conteúdo, lacrava as garrafas com tampinhas e selos falsos e revendia os produtos, mantendo os preços para não gerar suspeitas.
A delegada Leslie Caran Petrus detalhou que o processo envolvia funis e bombonas com bebidas falsas, reproduzindo de forma artesanal cada garrafa para que parecesse original. A ação aconteceu nesta terça-feira (14) e faz parte de uma operação maior coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), voltada a combater a produção e venda de bebidas adulteradas com metanol.
No total, seis pessoas foram presas e 20 mandados de busca e apreensão cumpridos em São Paulo, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara. Foram apreendidos produtos falsificados, maquinários, celulares, documentos e outros materiais que podem ajudar na investigação.
O caso se soma aos registros de intoxicação por metanol no país: segundo o Ministério da Saúde, já são 32 casos confirmados, 181 em investigação e 320 suspeitas descartadas. São Paulo concentra o maior número de ocorrências confirmadas, com 23 notificações e cinco mortes registradas – três na capital, uma em São Bernardo do Campo e outra em Osasco. A operação visa coibir a circulação dessas bebidas ilegais, protegendo a saúde da população e responsabilizando os envolvidos.





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