A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8) anunciou ao mundo que a Igreja Católica tem um novo líder. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi escolhido pelos 133 cardeais reunidos no conclave e adotou o nome de Leão XIV como novo pontífice. Pouco depois, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde foi apresentado oficialmente com a tradicional saudação: “Habemus Papam”.


A eleição, encerrada no segundo dia de conclave, repetiu a rapidez das escolhas anteriores, como em 2005 e 2013. A expectativa era de que o processo demorasse mais, especialmente pelo número maior de eleitores — 133, contra 117 no último conclave. Antes da definição, duas fumaças pretas haviam sido emitidas, indicando votações inconclusivas.


A escolha de Leão XIV acontece 17 dias após a morte do papa Francisco, vítima de um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano. Francisco, que liderou a Igreja por 12 anos, havia sido hospitalizado por pneumonia semanas antes e estava em estado de saúde delicado.


Durante seu papado, Francisco promoveu reformas significativas, buscou maior aproximação com os fiéis e enfrentou debates internos sobre temas sensíveis, como celibato, papel das mulheres e acolhimento de minorias. Seu legado ainda ressoa entre os 1,3 bilhão de católicos no mundo, mesmo com a perda gradual de fiéis em algumas regiões.


Com a eleição de Leão XIV, encerra-se oficialmente o período de Sede Vacante, quando a Igreja permanece sem um papa. Agora, o mundo volta os olhos para o novo pontífice, em expectativa sobre os caminhos que ele trilhará — seja em continuidade à agenda reformista de Francisco, seja imprimindo uma nova direção ao Vaticano.


O início de um novo papado marca não apenas uma transição de poder, mas também uma redefinição simbólica e prática do papel da Igreja no século XXI.