No Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), comemorado em 24 de abril, Suzano comemora um importante marco na inclusão social: a Central de Interpretação de Libras (CIL) atingiu 820 atendimentos desde sua criação em maio de 2023. A iniciativa, conduzida pela Secretaria Municipal de Comunicação Pública, simboliza o compromisso do município com políticas públicas inclusivas e se tornou referência regional no acolhimento à comunidade surda.
A CIL foi pioneira no Alto Tietê ao inaugurar uma sala física no Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe), justamente em 24 de abril de 2023. Desde então, com o suporte de duas intérpretes de Libras, a Central passou a facilitar o acesso aos serviços municipais em áreas como saúde, assistência social, educação e administração pública. O atendimento também se estende a eventos, conferências e projetos executados pela prefeitura.
No primeiro ano, a CIL operou de forma remota, registrando 263 atendimentos — 28% voltados à área da saúde, 21,2% à administração pública e 20,5% à assistência social. Com a estrutura física implementada no segundo ano, os números saltaram para 557 atendimentos, sendo 379 por videochamada e 178 de forma presencial. O aumento expressivo demonstra a crescente demanda e a efetividade da Central como instrumento de comunicação acessível.
Do total acumulado, 361 atendimentos foram voltados à saúde (44%), 134 à assistência social (16%), 61 à administração pública (7%) e 27 à educação (3%). Somente em 2025, as intérpretes participaram da tradução em 15 eventos da administração municipal.
O serviço pode ser solicitado por meio de um formulário on-line acessível (bit.ly/cilsuzano), com vídeos em Libras e opções de agendamento remoto ou presencial, conforme necessidade avaliada pelas intérpretes. O atendimento presencial ocorre na rua General Francisco Glicério, 1.334, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
Segundo o secretário de Comunicação Pública, Paulo Pavione, o sucesso do projeto está na escuta ativa à comunidade surda. O planejamento durou seis meses, com destaque para a colaboração de Cláudia Oliveira, intérprete e defensora da causa há mais de duas décadas. A estrutura do Saspe e o apoio institucional do prefeito Rodrigo Ashiuchi e da primeira-dama Larissa Ashiuchi foram essenciais para concretizar o projeto, que reforça a comunicação como ferramenta de inclusão e dignidade.
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