A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria da Saúde, está reforçando as ações de combate à febre amarela desde 24 de janeiro, com foco na vacinação e na conscientização da população. As atividades envolvem visitas a residências e estabelecimentos para avaliar a situação vacinal da população, orientar sobre os cuidados e ampliar o acesso à imunização. Até o momento, foram avaliadas 70.373 cadernetas de vacinação e mais de 10 mil pessoas foram imunizadas contra a doença.

Apesar dos esforços, a cobertura vacinal no município ainda está abaixo da meta de 95% entre a população de 9 meses a 59 anos — índice considerado ideal para prevenir surtos e evitar a circulação do vírus em áreas urbanas.

A campanha segue as diretrizes do Ministério da Saúde: crianças de até 6 meses recebem uma dose adicional; entre 9 meses e 5 anos são necessárias duas doses; a partir dos 5 anos até os 59 anos, a imunização se dá por dose única, caso a pessoa ainda não tenha sido vacinada. Quem recebeu dose fracionada em 2018 ou 2019 deve completar o esquema com a dose plena. Gestantes e pessoas com mais de 60 anos devem ser vacinadas apenas com recomendação médica.

A vacina está disponível gratuitamente no Ambulatório da Criança, localizado na rua Oswaldo Cruz, 151 (Centro), e em 69 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), exceto as UBSs Morros e Marinópolis, que estão em reforma. Para se vacinar, é necessário apresentar um documento com foto, e no caso das crianças, também a caderneta de vacinação.

A Secretaria da Saúde aproveita a campanha para combater informações falsas: macacos não transmitem a febre amarela. Eles também são vítimas da doença e funcionam como sentinelas naturais, ajudando a identificar a circulação do vírus. Ao avistar um macaco doente, ferido ou morto, a população deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses, a Defesa Civil ou a Guarda Civil Municipal Ambiental. A recomendação é não alimentar, capturar ou agredir os animais, pois maltratá-los é crime ambiental.

Os mosquitos transmissores da febre amarela são silvestres (gêneros Haemagogus e Sabethes), comuns em áreas de mata. No ambiente urbano, o vetor é o Aedes aegypti, também responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya. Embora o ciclo urbano esteja erradicado no Brasil desde 1942, a baixa cobertura vacinal pode reabrir esse risco.

A Prefeitura reforça a importância da vacinação como única forma eficaz de prevenção e pede o apoio da população para ampliar a proteção coletiva.