Os partidos Progressistas (PP) e União Brasil avançam nas tratativas para formar uma federação partidária, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deverá ser o presidente do novo grupo político.

Pela legislação vigente, os partidos que integram uma federação devem atuar como uma única sigla por um período mínimo de quatro anos, compartilhando fundo partidário, tempo de propaganda eleitoral e um programa político unificado. O acordo prevê um comando rotativo entre as legendas, com alternância de presidência a cada seis meses.

Embora a federação ainda dependa de ajustes internos no União Brasil, especialmente em relação a impasses regionais, a distribuição do comando nos diretórios estaduais já começou a ser definida. Até o momento, a divisão prevê que nove diretórios fiquem sob controle do PP, outros nove sob União Brasil, e os demais serão negociados pela Executiva Nacional.

Na última terça-feira (18), o PP aprovou a formalização da parceria e aguarda a resposta do União Brasil até sexta-feira (21). Caso a aliança seja confirmada, a federação deverá ser oficializada no próximo mês com o nome "União Progressistas".

Inicialmente, o Republicanos também participou das negociações para integrar a federação, mas desistiu da aliança nas últimas semanas. O partido passou a dialogar com o PSDB, que busca uma fusão com outra legenda para evitar o risco de extinção nas próximas eleições.

Se consolidada, a federação entre PP e União Brasil formará o maior grupo político da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, superando o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, que atualmente detém a maior bancada. No Senado, a soma das bancadas do PP e do União Brasil resultaria em 13 senadores, fortalecendo a atuação da nova sigla no Congresso Nacional.