O Grupo Comporte Participações foi o vencedor do leilão do Lote Alto Tietê, que abrange as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A sessão, realizada na tarde desta sexta-feira, 28, na B3, em São Paulo, superou a proposta da CCR, com um desconto de 2,57% sobre as contraprestações que o Estado deverá pagar, cujo teto foi estabelecido em até R$ 1,49 bilhão ao ano. Além disso, está previsto o pagamento de um aporte público de R$ 10 bilhões para viabilizar as obras de melhoria das três linhas.
Com uma previsão de R$ 14,3 bilhões em investimentos ao longo dos próximos 25 anos, o projeto prevê a construção de oito novas estações, a reforma de 24 estações já existentes e a reconstrução total de outras quatro, além da ampliação de mais de 25 km de trilhos. A expectativa é que, até 2040, as linhas em conjunto transportem, em média, 1,3 milhão de passageiros por dia.
Na Linha 11-Coral, os planos incluem sua extensão até o distrito César de Souza, em Mogi das Cruzes, com a inauguração de quatro novas estações. Para atender à demanda dessa extensão, o grupo deverá instalar 4 km de via permanente na área atualmente operada pela MRS Logística para o transporte de cargas, além de reformar 14 estações e reconstruir três. O governo estadual ressalta que essa expansão reduzirá os problemas de falta de transporte na zona leste da capital paulista e em regiões adjacentes.
Já a Linha 12-Safira será ampliada para alcançar Suzano, conectando-se à Linha 11. O contrato prevê a construção de duas novas estações: Gabriela Mistral, que integrará com as linhas 2-Verde e 13-Jade, e Cangaíba, que também fará conexão com a Linha 13. Essa intervenção resultará em uma extensão adicional de 2,7 km.
Na Linha 13-Jade, haverá a ampliação da via férrea até as estações Gabriela Mistral e Bonsucesso, em Guarulhos. Além disso, as três estações atualmente existentes passarão por reformas, e a linha receberá mais quatro novas estações, totalizando uma expansão de 10,7 km ao norte de Guarulhos.
O contrato estabelece que as principais obras deverão ser entregues nos primeiros sete anos, com todas as intervenções finalizadas até 2040. A vitória do Grupo Comporte Participações não só reafirma sua experiência no setor – o grupo já controla o Metrô de Belo Horizonte desde 2022, entre outras operações – como também marca um novo capítulo na modernização do transporte ferroviário no estado, com impactos positivos para a mobilidade e a qualidade de vida dos usuários.
0 Comentários