Por falta de ação da gestão anterior, 754 famílias de Guarulhos, especialmente da região dos Pimentas, perderam o acesso a moradias já aprovadas pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal. A informação foi confirmada pela Caixa Econômica Federal, entidade responsável pelo programa.
Em julho de 2023, a pedido do deputado federal Alencar Santana (PT-SP), Guarulhos foi incluída entre as cidades que receberiam novas unidades habitacionais do novo MCMV, retomado pelo governo Lula após ter sido interrompido na gestão Bolsonaro. Em novembro do mesmo ano, a cidade foi oficialmente contemplada e a gestão municipal anterior teve mais de 14 meses para apresentar o projeto e garantir a construção das moradias. No entanto, segundo Alencar, a administração não tomou as medidas necessárias dentro do prazo estabelecido.
“A prefeitura teve um prazo total de 1 ano e dois meses, ou 427 dias, contando com a prorrogação prevista no edital, mas simplesmente não fez nada, prejudicando diretamente a população", afirmou o parlamentar.
O deputado também destacou que tentou intermediar a solução do impasse com o governo federal e a Caixa, mas não teve apoio da antiga administração municipal. “Ainda em 2023, marquei uma reunião em Brasília para tratar do assunto, mas o prefeito da época sequer compareceu”, criticou.
A cidade de Guarulhos possui um dos maiores déficits habitacionais do Brasil, e a perda dessas unidades atinge principalmente famílias de baixa renda que vivem em regiões carentes de infraestrutura. Das 904 moradias aprovadas em novembro de 2023, a maior parte estava destinada a essas áreas, que, segundo Alencar, foram negligenciadas pela gestão anterior.
“Mais uma vez, vemos um governo que privilegiou as áreas mais nobres da cidade e ignorou aqueles que mais precisavam. O resultado disso foi a perda de um projeto fundamental para melhorar a vida de centenas de famílias guarulhenses”, concluiu o deputado.
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