No sábado, 14 de dezembro de 2024, o general da reserva Walter Braga Netto foi preso pela Polícia Federal (PF) em sua residência no Rio de Janeiro, sob a acusação de obstrução de justiça em investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Braga Netto, que atuou como ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, além de ter sido seu candidato a vice-presidente nas eleições de 2022, é suspeito de envolvimento em um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a PF alegar que o general tentou interferir nas investigações ao buscar informações sigilosas do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com a polícia.

Após a detenção, Braga Netto foi conduzido ao Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, onde permanece sob custódia.

A defesa do general nega as acusações e afirma que demonstrará a inexistência de qualquer obstrução às investigações.

A prisão de Braga Netto representa um desdobramento significativo nas investigações sobre supostas tentativas de subverter o resultado das eleições de 2022, refletindo a determinação das autoridades em responsabilizar indivíduos envolvidos em ações antidemocráticas.