A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares dos quatro policiais militares que foram contratados para fazer a escolta do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), executado na última sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Os policiais Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima são considerados suspeitos pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso.
Uma das hipóteses investigadas é a de que os seguranças de Gritzbach teriam facilitado o ataque ao empresário, possivelmente indicando aos assassinos o momento exato em que ele estava desembarcando. Os PMs alegaram que o veículo que usariam para buscar o empresário quebrou no caminho, o que resultou em apenas um dos seguranças acompanhando o delator no aeroporto, enquanto os outros três permaneceram no local onde o carro teria apresentado problemas.
A polícia considera suspeita essa versão dos acontecimentos. De acordo com um investigador, seria mais lógico que os seguranças deixassem o carro avariado para trás e fossem em grupo ao aeroporto, já que Gritzbach era alvo de constantes ameaças devido às suas delações sobre o PCC.
Além dos celulares dos PMs, o celular de Gritzbach também foi recolhido no local do crime, na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto. O aparelho será submetido à perícia para que mensagens trocadas pelo empresário possam ser analisadas, oferecendo, possivelmente, pistas sobre os responsáveis pela execução e sobre a comunicação dos seguranças antes e durante o ataque.
As investigações ainda estão em fase inicial, mas a polícia busca esclarecer o nível de envolvimento dos seguranças e se houve colaboração interna para que a emboscada ocorresse de forma bem-sucedida.
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