Na noite desta quarta-feira (13), duas explosões causaram pânico e confusão nos arredores do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O incidente ocorreu por volta das 19h30, quando um carro explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. Minutos depois, um homem detonou explosivos em frente ao prédio do STF, resultando em sua morte. Em resposta, a Praça dos Três Poderes foi rapidamente isolada, e equipes de bombeiros e especialistas em explosivos foram ao local para iniciar uma varredura de segurança.
Segundo informações preliminares, o veículo envolvido na primeira explosão estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, residente de Rio do Sul, Santa Catarina. Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em 2020, não foi eleito, obtendo apenas 98 votos. A polícia investiga se o homem morto na segunda explosão, ocorrida cerca de 20 segundos após a primeira, seria o próprio Luiz.
Antes do incidente fatal, o suspeito tentou entrar no STF e mostrou a um vigilante que carregava artefatos explosivos presos ao corpo. Após lançar um explosivo sob a marquise do edifício, ele deitou-se no chão e acionou um segundo dispositivo na região da nuca. Testemunhas relataram que o barulho da explosão foi extremamente alto, assustando pessoas nos arredores.
O incidente forçou a interrupção das atividades na Esplanada dos Ministérios e suspendeu as sessões em andamento na Câmara e no Senado. Os ministros do STF, cujas sessões já haviam terminado, foram retirados em segurança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não estava no Planalto no momento, foi informado da situação e reuniu-se posteriormente com os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar o caso, e o esquadrão antibombas foi acionado para realizar uma varredura na área, em busca de mais explosivos. Sandro Avelar, secretário de Segurança do Distrito Federal, anunciou o fechamento temporário da Esplanada dos Ministérios como medida de segurança, enquanto agentes especiais da Polícia Militar do Distrito Federal foram deslocados para garantir o isolamento e a proteção dos arredores do STF.
Depoimentos de Testemunhas
Layana Costa, funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), relatou que estava em um ponto de ônibus em frente ao STF quando viu o homem acenar para ela e outros presentes, segurando uma sacola. Momentos depois, ela ouviu a primeira explosão e observou o homem jogando algo próximo à estátua da Justiça, seguido pela explosão fatal.
Carlos Monteiro, dono de um food truck próximo ao local, relatou que viu o carro do suspeito pegando fogo e que as explosões foram seguidas por um forte fumaceiro.
Em nota oficial, o STF informou que os servidores e colaboradores foram retirados do prédio por precaução, e que a segurança do tribunal está colaborando com as autoridades policiais do Distrito Federal para esclarecer o ocorrido.
As investigações sobre o motivo das explosões e o perfil do suspeito seguem em andamento, enquanto a segurança na Praça dos Três Poderes e arredores permanece reforçada.
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