Mães reivindicam mais respeito e empatia em sessão na Câmara Municipal



Na última sessão legislativa, realizada em 4 de novembro, o grupo Mães Guerreiras organizou um protesto silencioso em Arujá para exigir melhorias na rede de atendimento às crianças com deficiência. Com cartazes que pediam "empatia" e "respeito", as mães participaram da sessão e, após os trabalhos em plenário, foram recebidas pelos vereadores no Salão Nobre Francisco Rodrigues de Ávila, onde expuseram as dificuldades enfrentadas para garantir os direitos de seus filhos com necessidades especiais, incluindo crianças com Síndrome de Down e paralisia cerebral.


Entre as principais queixas, destacaram-se a falta de medicamentos controlados e a ausência de uma rede de apoio dedicada a pessoas com Síndrome de Down. “Não há uma rede voltada ao apoio de pessoas com Síndrome de Down”, afirmou Sônia Barradas, membro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Letícia Lacerda da Silva, moradora do Parque Rodrigo Barreto e integrante do grupo, também mencionou a carência de profissionais especializados que impeçam o acesso à hidroterapia para crianças com paralisia cerebral.


Além disso, o grupo destacou problemas no uso de vagas de estacionamento destinadas a autistas e a falta de auxiliares nas escolas para apoio educacional, fatores que comprometem a inclusão e o bem-estar dessas crianças.


### Reações dos Vereadores e Propostas para Avanços


Os vereadores presentes se mostraram sensíveis às reivindicações das Mães Guerreiras e ressaltaram alguns avanços para a inclusão de pessoas com deficiência em Arujá. Divinei (PL) destacou a criação da Comissão Permanente da Pessoa com Deficiência e da Semana PCD, que têm fomentado o debate sobre o tema na cidade. “Antes não tínhamos um grupo específico para debater esse assunto. Agora temos”, afirmou. Ele ainda explicou que a pandemia dificultou o avanço de políticas públicas nesse segmento.


O vereador Abelzinho (PL) sugeriu a criação de emendas impositivas no orçamento para garantir os recursos necessários para melhorar o atendimento a essas crianças. “O momento é propício para apresentarmos propostas com a discussão do Orçamento”, disse.


Já a vereadora Professora Cris (PSD), líder do Governo, mencionou a criação da Secretaria da Mulher, da Pessoa com Deficiência e da Igualdade Racial, como uma conquista para a gestão e execução de ações focadas nesse público. Na tribuna, o vereador Professor Danilo também comentou a possibilidade de a administração local facilitar o acesso a medicamentos de alto custo. Segundo ele, a proposta é recolher a documentação dos pacientes em Arujá e viabilizar a retirada e entrega dos remédios pela própria Prefeitura.


Além de Divinei, Abelzinho, Professora Cris e Professor Danilo, outros vereadores estiveram presentes na reunião, entre eles Reynaldinho (PSD), presidente da Câmara; Luiz Fernando (PSD), vice-presidente; Paulinho Maiolino (PSD) e Pastor Samoel Maia (Republicanos).


As Mães Guerreiras esperam que essa aproximação com o Poder Legislativo resulte em ações concretas, e uma reunião já está sendo agendada com a Secretaria de Saúde para discutir as melhorias. As pautas apresentadas pelo grupo prometem continuar na agenda dos vereadores, que comprometeram-se em levar adiante as discussões e encontrar soluções para os problemas apresentados.