A suspensão ocorreu no âmbito de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movida pelo PSB, que acusa Marçal de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação. Segundo o juiz, a prática de "monetizar cortes" de vídeos nas redes sociais teria criado um desequilíbrio na disputa eleitoral, em desconformidade com as regras que garantem uma competição justa e proporcional.
Na decisão, o juiz determinou a suspensão imediata das atividades ligadas à campanha de Marçal na plataforma Discord, além de proibir o pagamento de remunerações a terceiros para a divulgação de conteúdos relacionados à candidatura do influenciador. No entanto, o magistrado indeferiu pedidos mais invasivos, como a quebra de sigilo bancário e fiscal das empresas de Marçal e a interrupção de repasses financeiros dos provedores de aplicação.
Em resposta à decisão, Marçal se manifestou em uma live no Instagram, acusando a Justiça de agir com interesses eleitorais e afirmando que a liminar está "desconectada da realidade". O candidato ainda incentivou seus seguidores a gravarem vídeos de apoio e afirmou que "ninguém vai conseguir pará-lo".
A candidata do PSB, Tabata Amaral, que acionou a Justiça Eleitoral contra Marçal, comentou que a decisão liminar sugere a existência de "suspeitas concretas" de uso de recursos ilegais por parte do adversário e comparou a situação a um "antidoping" nas eleições.
A medida ainda pode ser contestada, cabendo recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
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