Após uma extensa investigação conduzida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo sobre os membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), um grande avanço ocorreu quando a Polícia Civil do Estado desvendou um complexo esquema de lavagem de dinheiro em Guarulhos e na capital paulista.

A operação começou com a prisão de membros do PCC em uma mansão no bairro da Vila Rosália, onde uma tonelada de maconha e quase R$ 1,5 milhão em espécie foram apreendidos. No entanto, o que se seguiu revelou um cenário ainda mais sombrio. Dezenas de empresas de fachada, incluindo bares, baladas e restaurantes de luxo, tanto em Guarulhos quanto no bairro do Tatuapé, estavam envolvidas no esquema.

O epicentro desse esquema de lavagem de dinheiro se encontrava na rua Tapajós, no bairro Macedo, onde diversos comércios eram utilizados para esse fim ilícito. Segundo as investigações, o PCC movimentou cerca de R$ 2 bilhões por meio dessa operação criminosa.

As autoridades policiais agiram rapidamente. Equipes da Polícia Civil realizaram buscas, apreenderam documentos e bloquearam contas bancárias nesta manhã. Os acusados serão conduzidos ao Núcleo de Roubo de Cargas de Guarulhos, sede da delegacia Seccional de polícia na cidade.

O esquema de lavagem de dinheiro do PCC era altamente sofisticado e moderno, contando com a colaboração de um escritório de contabilidade e um empresário de Guarulhos. Dezenas de empresas fictícias, especialmente bares, baladas e restaurantes de alto padrão, foram usadas para camuflar a origem ilícita dos fundos.

O endereço de Guarulhos, onde estão localizados os estabelecimentos de luxo, tornou-se o epicentro dessa operação de lavagem de dinheiro, que foi nomeada de Operação Tapajós. No total, 96 mandados de prisão temporária e busca e apreensão foram emitidos e estão sendo cumpridos em 17 cidades de São Paulo, 2 cidades do Paraná, a capital do Ceará, 1 cidade no Espírito Santo e 1 cidade na Bahia.

Além disso, o grupo mantinha diversas empresas de consultoria fictícias para facilitar a lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, essa célula do Primeiro Comando da Capital – PCC movimentou cerca de 2 bilhões de reais.

Nesta quarta-feira, após decisão da 1ª Vara Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital paulista, foram bloqueadas dezenas de contas bancárias dos investigados, bem como as empresas utilizadas por essa organização criminosa.

As equipes estão nas ruas, realizando prisões e cumprindo mandados de busca e apreensão em dezenas de endereços neste momento. Os investigados estão sendo conduzidos ao Núcleo de Roubo de Cargas de Guarulhos na sede da Delegacia Seccional de Polícia da cidade. A operação envolve 57 viaturas da Polícia Civil e 130 policiais civis.