A partir de janeiro, Santos Dumont só terá voos para Congonhas e Vitória - e, ao menos inicialmente, não mais para Brasília, como havia sido anunciado. Retomada do Aeroporto Internacional Tom Jobim vem sendo debatida entre os governos; terminal tem operado com 20% da capacidade.


A Prefeitura de Guarulhos se manifestou contra a portaria que garante a migração dos voos do Aeroporto Santos Dumont para o Galeão, a partir de 2 de janeiro de 2024. Com a medida, o Aeroporto Internacional da cidade não terá mais voos com destino e origem de Santos Dumont.


Em nota nesta sexta-feira (11), a prefeitura disse que cogita entrar com uma ação na Justiça se a portaria não for revista ou se não houver compensação para a cidade.


Segundo a gestão municipal, 32 voos diários deixarão de existir, sendo 16 partindo de Guarulhos e outros 16 chegando.

A prefeitura ainda alega que o Aeroporto Internacional perderá uma arrecadação de R$ 300 a R$ 500 milhões de reais anuais. "E apenas o município de Guarulhos deixará de arrecadar cerca de R$ 10 milhões em tributos por ano", afirma.

A questão da perda de passageiros também foi mencionada pela prefeitura. Segundo a gestão municipal, serão de 3 a 5 milhões de passageiros a menos por ano.


"Até o final da concessão da GRU Airport, serão entre 40 e 45 milhões de passageiros por ano a menos. Estudos indicam que, para cada 1 milhão de passageiros perdidos, estima-se a perda de aproximadamente mil empregos diretos", ressalta, em nota.


"Outra consequência é que o aeroporto de Guarulhos se torna menos atrativo com a perda de passageiros domésticos e internacionais e ainda de carga aérea (200 mil toneladas até o final do contrato), o que é ainda mais grave para as empresas domésticas, que ficam menos atrativas".

A prefeitura ainda diz que, "devido à queda de demanda, a GRU Airport vai deixar de investir mais de R$ 500 milhões, impossibilitando a criação de 4 a 5 mil empregos diretos".