A privatização da Sabesp será feita por meio de uma oferta pública de ações, em que a participação do Estado, hoje de 50,3%, será diluída — a fatia ainda não foi definida. A ideia, segundo o governador Tarcísio de Freitas, é fazer um follow-on, mas com a possibilidade de um acionista de referência, ou seja, um modelo mais flexível do que o da Eletrobrás, que pulverizou o capital.

O anúncio da modelagem foi feito no fim de tarde desta segunda-feira (31), logo após reunião do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI).

O formato foi escolhido entre outros três estudados: um follow on em que haveria pulverização do capital, a venda parcial da empresa e a venda total da empresa. “Queremos investidores de referência e parceria de longo prazo”, disse Natalia Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.


O modelo proposto pelo Estado prevê investimentos de R$ 66 bilhões até 2029, o que representa R$ 10 bilhões a mais em relação ao atual plano de investimentos da Sabesp, e uma antecipação da universalização, de 2033 para 2029.


Os investimentos incluem, além da universalização dos serviços, obras de dessalinização de água, aportes na despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, e ainda intervenções de prevenção em mudanças climáticas.


O Estado seguirá como acionista minoritário, mas a fatia ainda será definida, segundo o governador.


O Governo afirma que a conta de água será reduzida, especialistas contestam.