Uma salva de palmas encerrou, o drama que se desenrolava há várias semanas no maior aeroporto da América do Sul. Dezenas de famílias afegãs que dormiam no chão do mezanino do terminal 2 de Guarulhos aplaudiram quando receberam a notícia de que iriam para um abrigo na tarde desta sexta-feira (16).

Refugiados que fugiram do país dominado pelo Talibã e que, impedidos de viajar para praticamente qualquer país do mundo, viram no Brasil uma saída, devido ao visto humanitário criado pelo governo para pessoas dessa nacionalidade.

O  grupo foi encaminhado para um Centro de Acolhida Especial para Famílias (CAE), na Zona Leste da capital paulista. A operação humanitária foi articulada pelo Ministério Público Federal (MPF) com diversas instituições.

Segundo a Prefeitura de Guarulhos, o local será custeado pela Prefeitura de São Paulo, e o transporte, feito por dois ônibus, pelo governo do estado. O auxílio foi necessário, já que todos os abrigos do município estavam lotados desde que os imigrantes começaram a chegar em maior  quantidade, informou Fábio Cavalcante, secretário de assistência Social de Guarulhos.

A Prefeitura de Guarulhos afirmou que tem feito a primeira acolhida das famílias afegãs, distribuindo marmitas e kits de higiene e solicitando diariamente vagas de acolhimento para o governo estadual. Disse também que inaugurou um abrigo transitório para refugiados em agosto —com capacidade para 27 pessoas, o local está lotado.