A maioria dos protocolos publicados pela Secretaria Municipal da Saúde em 19 de janeiro, como forma de autorizar os desfiles das escolas de samba do Carnaval de São Paulo para meados de abril, não será mais adotada por causa da flexibilização das regras sanitárias, como o fim da exigência do uso de máscara e o da limitação do número de pessoas em eventos públicos.

A volta dos desfiles, que não ocorreram em 2021, teve de ser adiada da data original, em fevereiro, em decorrência da variante ômicron, que superlotou a rede pública de saúde no fim do ano passado e no início deste, com altas taxas de transmissão do vírus da Covid-19.

Quando fez a liberação em janeiro, a pasta da Saúde determinou que deveriam ser seguidas regras como a exigência de passaporte de vacina para público e componentes das escolas, uso obrigatório de máscara, inclusive para quem desfilasse na avenida, controle de público na concentração e dispersão, número menor de componentes nas agremiações e ocupação de, no máximo, 70% das arquibancadas.

O uso de máscara deixou neste mês de ser obrigatório em todo o estado -manteve-se a exigência para transporte público, terminais e estações, hospitais e serviços de saúde. Também acabaram os limites de público.

Assim, segundo a própria prefeitura, o Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade, poderá ter arquibancadas cheias nos desfiles que começam no próximo dia 16, com o grupo de Acesso 2, e terão continuidade nos dias 21, 22 e 23 de abril, com os grupos Acesso I e Especial.

A obrigatoriedade do passaporte de vacina continua valendo, assim como em todos os eventos na cidade.

Nem a Liga-SP, que gerencia o Carnaval paulistano, nem a Secretaria Municipal da Saúde disseram como vai ser o controle na concentração e na dispersão. A determinação do protocolo de janeiro proibia aglomeração na chegada das escolas. Cada agremiação iria ao local em horários pré-determinados, em ônibus da prefeitura, com no máximo 35 pessoas em cada veículo.

"No decreto que retirava a máscara, nós já havíamos colocado essa questão da utilização plena dos equipamentos", afirma Edson Aparecido, titular da pasta da Saúde da gestão Ricardo Nunes (MDB).