Doria exonera controladora-geral que apurava escândalo municipal Laura Mendes de Barros havia determinado que fossem investigadas as denúncias de um esquema de propinas para burlar a Lei da Cidade Limpa.



Guilherme Rodrigues Monteiro Mendes, que exerce o cargo de ouvidor-geral, substituirá Mendes de Barros na controladoria-geral. A pasta foi criada na administração do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), mas Doria decidiu retirar o status de secretaria e incorporá-la à Secretaria Municipal de Justiça. Ao exonerar Mendes de Barros, o tucano reiterou que o órgão seguirá trabalhando de forma independente.

“A substituição [de Laura Mendes de Barros] se dá por razões administrativas operacionais, e a Prefeitura reconhece e agradece os bons resultados obtidos por ela nos oito meses em que ficou à frente do órgão. Todos os processos e investigações abertos durante esse período terão continuidade, garantindo a independência da controladoria conforme determina a legislação”, diz a nota.

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Segundo a rádio CBN, Mendes de Barros ordenou há duas semanas uma investigação para apurar supostos crimes cometidos pela “Máfia da Cidade Limpa”. A rádio revelou que servidores municipais montaram um esquema de propina para permitir a instalação de peças de propaganda que não respeitam as diretrizes da Lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007. Foram citados no escândalo catorze funcionários públicos e nove empresários ou representantes comerciais que trabalham para promotoras de anúncios.

Após a revelação, Doria ordenou o afastamento de todos os servidores envolvidos no escândalo. “Não há a menor condescendência da prefeitura em relação a ações desta natureza. Qualquer denúncia de corrupção será investigada”, declarou o prefeito em vídeo publicado em seu perfil no Facebook. Entre os afastados estava o prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes.

Doria já trocou outros três secretários municipais em seus oito meses de gestão. Deixaram os cargos Soninha Francine, que era secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Patrícia Bezerra, ex-secretária de Direitos Humanos, e Eliseu Gabriel, que chefiou a pasta de Trabalho e Empreendedorismo.

O prefeito participou nesta quinta-feira de um evento que reuniu líderes evangélicos em São Paulo, mas não conversou com a imprensa. O tucano está em uma disputa silenciosa com o governador paulista, Geraldo Alckmin, pela indicação como candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2018. Doria intensificou a sua agenda de compromissos pelo Brasil e visitou, só neste mês, as cidades de Curitiba, Salvador, Palmas e Natal.